Institucional

"O Templo Positivista de Porto Alegre é o único Templo Positivista em atividade existente do mundo"

Os cultos religiosos no Rio Grande do Sul tiveram início na casa do confrade engenheiro Joaquim José Felizardo Junior em 1889, frequentado por adeptos e familiares, onde semanalmente aos domingos fazia-se a leitura e comentários do Catecismo Positivista.

A Igreja Positivista funciona como qualquer outra instituição religiosa, possuindo seu dogma, culto e regimem. O dogma se caracteriza pelo conhecimento, constituído pela escala enciclopédica das ciências, resumidas em cinco grupos, e assim disposta: Lógica (matemática); Cosmologia, ou ciências do mundo (Astronomia, Física e Química), Biologia, Sociologia e Moral. O culto é uma menção às artes e ao sentimento humano que elas possuem capacidade de armazenar a transmitir. A doutrina é transmitida através da visita mediada e da Prédica Dominical, ministrada por um Sacerdote, o Apóstolo Guardião Érlon Jacques de Oliveira, acompanhado pelos demais membros. A igreja acolhe ainda uma família que reside nos fundos do terreno e zela pelo espaço em um regime de seção de uso da pequena casa anexo ao prédio da Igreja Positivista do Rio Grande do Sul para moradia da Sra. Iraci Martins Viegas e família, moradores acolhidos pela Igreja.

De acordo com os seus estatutos, a Igreja Positivista do Rio Grande do Sul exige que seus seguidores mantenham um espírito crítico, científico, verdadeiro, útil, alinhado aos conceitos éticos e morais mais elevados de nossa civilização, tendo o altruísmo como prática diária, deve-se cultuar a sabedoria, a força e a beleza, entendendo que o belo é o esplendor do bem, deve-se ter pureza, afeto e virtude, (pureza nas intenções, afeto nas relações e virtude nas realizações).

Como importante membro da Igreja Positivista, o engenheiro, funcionário público do estado, Carlos Torres Gonçalves zelou pelo Templo e manteve reuniões dominicais com a leitura do Catecismo, enquanto residiu em Porto Alegre, de 1910 a 1932. Após sua aposentadoria na função pública estadual e transferência para o Rio de Janeiro, não mais se realizaram tais atividades abertas na capital gaúcha.

Encarregaram-se, então, de zelar pelo prédio e pela transmissão da doutrina, os professores Salvador Petrucci e Moisés Wesphalen. Abria-se o Templo aos domingos pela manhã, para visitação.

O Templo Positivista de Porto Alegre é o único Templo Positivista em atividade existente do mundo, sendo que o outro fica localizado no Rio de Janeiro (Templo da Humanidade), mas não está em funcionamento. Em Curitiba e na França existem capelas, mas adaptadas em salas e apartamentos. O Templo de Porto Alegre é também um dos dois únicos templos positivistas que foram construídos expressamente para serem Igrejas da Religião da Humanidade.

O responsável pela construção do Templo Positivista de Porto Alegre foi o engenheiro Carlos Torres Gonçalves. Os positivistas gaúchos pensaram durante 20 anos em sua construção, sendo que o terreno foi comprado em 1911, com início das obras em 1912 e inauguração em19 de janeiro em 1928 (dia do aniversário de Comte). O Templo Positivista foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE )em 2010, e há nove anos foi restaurada sua fachada sob a liderança do Mestre Capelli.

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